quinta-feira, 10 de maio de 2007

City Tour pelo Recife

Apesar de ser uma história pessoal, é contada de forma cronológica e geográfica ordenada, de forma que você pode usar como guia real para um City Tour em Recife.

Caso esteja procurando por roteiros em Recife, leia esse post sobre dicas de viagem a Recife.

Passei uma semana no Recife descansando bastante. Na quinta-feira fui à praia de Porto de Galinhas.

Comecei uma caminhada em frente à pracinha, passando pelas jangadas que ficam em frente às piscinas naturais, e parei na barraca do Seu Mauro, que fez questão de me atender muito bem e não cobrava pra sentar nas cadeiras, caso não consumisse nada.

Porque queria tomar apenas uma geladinha, sem obrigação de comer algo do cardápio.

Fiquei relaxando na cadeira, fazia um sol muito radiante em Porto. Seu Mauro trouxe uma cerveja estupidamente gelada e o cardápio. Logo depois já trouxe uma bandeja com vários peixes, para que pudesse escolher algum deles para ser preparado.

Escolhi um Guarajuba, sugestão muito feliz do Seu Mauro, que tinha uma carne muito saborosa e apenas a espinha central.

Fui dar um mergulho! A água estava deliciosamente morna!

Fiquei um pouquinho no mar, tempo suficiente para o peixe sair. Uma macaxeira frita acompanhava o prato, além de uma saladinha.

Devorei o peixe sem cautela! Antes já haviacomido caldinho de Sururu que tava supimpa.

Começa a chover e a ventar forte. Seu Mauro planta um segundo guarda-sol em frente ao anterior, anulando o vento chuvoso.

O sol volta e a eu me despeco de Porto, passando antes em algumas lojinhas no centro pra comprar alguns souvernirs.

...

Marcelo e Fabiana são dois amigos meus daqui de São José dos Campos. Estavam em lua-de-mel no Recife.

É o segundo casal que recebo na minha terra, o primeiro foi o Matheus e a Nathália, que são mineiros.
Marquei com o Marcelo no sábado às nove da manhã. Acordei umas oito e meia e fiquei esperando até umas nove e meia, até que resolvi enviar uma mensagem avisando que só estava esperando eles.
Eles foram me pegar no Habib's da Abdias de Carvalho, que é uma das principais avenidas do Recife.
Chovia um pouco no Recife.

Fizemos o retorno e fomos à Casa da Cultura. Passamos em frente à sede do glorioso Sport Club do Recife, onde, na fachada, Marcelo já pôde observar a inscrição: Campeão Brasileiro de 1987. Além da estátua do leão bem em frente à sede.

Passamos pelo pólo médico da Ilha do Leite, onde estão concentrados vários hospitais e clínicas do Recife. Cruzamos o bairro dos Coelhos e mostrei ao Marcelo a antiga fábrica da CILPE (Companhia Industrial de Leite de Pernambuco), onde antigamente eu ia comprar Cilpinho para vender pelas ruas do Recife.

Passamos por uma boa parte da rua da Aurora, cartão postal do Recife, e atravessamos o rio Capibaribe pela ponte da Boa Vista, com suas passagens para carros e pedestres bem divididas. Entramos na rua do Sol já encontrando a Casa da Cultura, antiga casa de detenção do Recife.
Marcelo e Fabiana tiraram várias fotos e entraram em várias lojas-celas, se encantando com todo o artesanato recifense.

Às margens do rio Capibaribe e dotada com paredes de dois metros de largura, a casa da cultura é uma antiga detenção que havia no Recife e foi inaugurada em 1850 pelo governador da época, funcionando até 1974. Depois disso, em 1976, virou esse centro de artesanatos no coração do Recife.

Deixamos o carro estacionado lá e fomos andando até o mercado de São José. Pegamos a Tobias Barreto, atravessamos a avenida Dantas Barreto, entramos na rua Direita, passamos pelo beco que vai dar na rua das Calçadas. Passamos em frente à igreja da Penha e entramos no mercado.

Visitamos um montão de lojas, sempre pechinchando. Logo de entrada o camarada ofereceu uma rede ao Marcelo por 35, que terminou fazendo por 15, mas Marcelo não levou.

Depois fomos comprar chapéus para a moçada daqui do PEE.

Aí a Fabiana queria comprar umas sandálias. Cada uma custava 23 e duas terminou saindo por 35, belas sandálias de couro.

Marcelão ainda comprou carne de sol, manteiga de garrafa, castanha, queijo coalho...

Aí fomos procurar uma farinha fora do mercado e vimos uma loja com panelas de barro, que Marcelo terminou comprando também e ficou preocupado com o transporte no avião.

Saímos do mercado felizes da vida, cheio de sacolas na mão.


Chovia bastante no recife e voltamos andando para a casa da cultura.

Ainda em frente à igreja da Penha, um velho de bengala andava quase que se arrastando falou quando passou uma garota pela frente dele e tinha a barriga de fora: "BARREEEEEGA LEEEEENDA!!! CACHOOOOORRA!!!"

Ficamos rindo por muito tempo por causa daquele velho figura.

No caminho compramos um cd do Noite Ilustrada pro Marcelo, que depois adorou as canções.

Uma outra coisa que também chamou atenção foram as xilogravuras, que são cenas da vida nordestina ilustradas através de pinturas feitas com madeiras talhadas.

Um artista muito conhecido de Bezerros, município do agreste pernambucano a 110km do Recife, se chama J. Borges.


Terminamos o passeio da casa da cultura e fomos ao Forte das Cinco Pontas. Passando pela sede do Galo da Madrugada no início da rua da Concórdia, em frente a praça Sergio Loureto.

Essa praça tem um coreto lindo, onde antigamente as bandinhas da época tocavam nos fins de semana para a população local.

O forte das cinco pontas foi construído pelos holandeses, que após terem sido expulsos, foi derrubado e reconstruído com apenas quatro pontas. O nome original do forte era Frederick Henrich (o príncipe de Orange) e foi construído na Ilha de Antônio de Vaz (atualmente Ilha de Santo Antônio).

Lá, pegamos uma guia que nos conduziu pelas 3 exposições que estavam em cartaz.

Saímos do forte e fizemos um retorno já no continente, no bairro de Boa Viagem, passando pelas pontes da Herculano Bandeira e da Antônio de Góes, aproveitando a vista do cais José Estelita e vendo o dique de Brasília Teimosa e a marina do Recife, que se chama Cabanga Iate Clube.

Voltamos ao Recife Antigo, cruzando a ponte rotatória e passando pelos vários armazéns do porto, que hoje servem de teatros, espaços culturais e terminais marítimos de passageiros.

Chegamos ao Marco Zero e tiramos algumas fotos do pátio de esculturas de Brennand, do outro lado da maré no dique, fotos do próprio Marco Zero do Recife ("Deste marco partem todas as distâncias para as terras de Pernambuco"), do busto do Barão de Rio Branco, da bolsa de valores de PE e PB, do espaço cultural BANDEPE, das avenidas alamedas Marquês de Olinda e Rio Branco.


Pegamos o carro e caímos na estrada novamente, passamos pela torre Malakoff (onde funciona um observatório), capitania dos portos, praça do Arsenal até chegar na rua Bom Jesus (antiga rua dos Judeus). Nela se encontra a primeira Sinagoga das Américas, construída entre 1630 e 1654, época inicial do Recife, quando ainda se chamava Mauritsstadt e o holandês Mauricio de Nassau morava lá, fundando as cidades de Recife e Olinda num istmo único.



Depois cruzamos novamente pelo Capibaribe e fomos ao Palácio do Campo das Princesas e o teatro de Santa Isabel.

Tem um poema do João Cabral de Melo Neto, entitulado Cão Sem Plumas, que fala do rio Capibaribe:

"A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada."


Depois fomos ao Guaiamum Gigante, passando na rua da Aurora pela Assembléia Legislativa e Ginásio Pernambucano (onde várias personalidades pernambucanas estudaram).

Pegando a Visconde de Suassuna passamos pelo parque 13 de Maio, depois no bairro dos Aflitos passamos pela casa da Barbie (sede do Clube Náutico), parque da Jaqueira e chegamos ao Guaiamum Gigante, no pé da ponte do Parnamirim, que também corta o rio Capibaribe.

No Guaiamum Gigante, Marcelo e Fabiana ficaram enlouquecidos com tanta variedade de frutos do mar. Comemos bastante caranguejo, provamos a caipirinha de Sagatiba (delícia), pedimos um senhor prato de camarão ao alho e óleo sem casca e sem cabeça e lambemos dos dedos com uma charque na moranga, acompanhada de um arroz de leite fenomenal.

No final estávamos eu e o Marcelo trocando tapas pra pegar o restinho da moranga.

Tomamos algumas cervejas e depois foi lona!!!

Se quiser mais dicas culturais do Recife, acesse o site Agenda do Recife, com uma programação completa de tudo que se tem para fazer na cidade.

Caso queira dar uma avaliada nos principais pontos turísticos antes de ir, confira o site Recife 360º.

Se quiser alugar carro em Recife, procure por Eduardo Araújo através do 81 99796 3192. Ele conta com uma frota bem nova de carros e com preços bem em conta. 

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